Páginas

24 de maio de 2020

HORAS AMARGAS

Entre as paredes do quarto
      sinto o [meu ] vazio
O nada me invade

Em horas amargas
      a noite vai se esvaindo

Aguardo o novo amanhecer
      trazer a claridade
          [e com ela
     o renascer de nova esperança

13 de maio de 2020

FLUIDEZ

Na fluidez do [meu] tempo
      sinto que há algo que fica
         algo que talvez nunca passe
            mas não fique.

O tempo flui...

O que fica,
      é um aprender triste:
         minha efemeridade!

O que fica,
     é meu ser despindo
         [sozinho]
e minha falta de vocação
      para ser poeta.

8 de maio de 2020

CANTO SILENCIADO

Há silencio...
Este silêncio
      é feito de agonias.

Nos leitos dos hospitais
      alguém geme,
      roga o perdão Divino
            por seus pecados.

Depois
      outro gemido
            agonizante:
a voz de [mais] um morto
      que deixou de cantar.

5 de maio de 2020

RUA ADORMECIDA

Escrevo estes versos
                       [versos?
      diante da janela aberta
O que vejo além da janela:
      a rua adormecida.

Sinto angústia
      a angustia dos que não dormem...

Há ladrões na rua
      tenho certeza!

Enfim
      vou padecendo na madrugada.